quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Marcha da Familia


A Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Rio de Janeiro, em comemoração pela vitória do Golpe, no dia 02 de abril de 1964.Movimento surgido em março de 1964 e que consistiu numa série de manifestações, ou "marchas", organizadas principalmente por setores do clero e por entidades femininas em resposta ao comício realizado no Rio de Janeiro em 13 de março de 1964, durante o qual o presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Congregou segmentos da classe média, temerosos do "perigo comunista" e favoráveis à deposição do presidente da República.
A primeira dessas manifestações ocorreu em São Paulo, a 19 de março, no dia de São José, padroeiro da família. O principal articulador da marcha foi o deputado Antônio Sílvio da Cunha Bueno, apoiado pelo governador Ademar de Barros, que se fez representar no trabalho de convocação por sua mulher, Leonor de Barros.
Marcha da Família com Deus pela Liberdade, no Rio de Janeiro, em comemoração pela vitória do Golpe, no dia 02 de abril de 1964.Preparada com o auxílio da Campanha da Mulher pela Democracia (Camde), da União Cívica Feminina, da Fraterna Amizade Urbana e Rural, entre outras entidades, a marcha paulista recebeu também o apoio da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo. A marcha contou com a participação de cerca de trezentas mil pessoas, entre as quaisAuro de Moura Andrade, presidente do Senado, e Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara. Durante o trajeto, que saiu da praça da República e terminou na praça da Sé com a celebração da missa "pela salvação da democracia". Na ocasião, foi distribuído o Manifesto ao povo do Brasil,convocando a população a reagir contra Goulart.
A iniciativa da Marcha da Família repetiu-se em outras capitais, mas já após a derrubada de Goulart pelos militares em 31 de março, o que as tornou conhecidas como "marchas da vitória". A marcha do Rio de Janeiro, articulada pela Camde, levou às ruas cerca de um milhão de pessoas no dia 2 de abril de 1964.



http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/AConjunturaRadicalizacao/A_marcha_da_familia_com_Deus

A MPB e a Identidade Cultural Brasileira


''Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar.
De noite embalamos teu sono, de manhã nós vamos te acordar
Nós somos as cantoras do rádio, nossas canções cruzando o espaço azul,
Vão reunindo num grande abraço, corações de Norte a Sul.(…)”
Cantores do Rádio“, de Lamartine Babo.

Ajudando a definir a identidade cultural do brasileiro.

Não tem melhor forma de começar a série de três textos sobre a música popular brasileira no século XX sem falar na formação da identidade cultural do povo brasileiro. A MPB ajudou a cunhar grande parte desta identidade, e podemos afirmar isso sem medo de exagerar. Além de instrumento cultural, a MPB foi, por diversas vezes, instrumento político e ideológico.
Em alguns momentos ajudou na propaganda política. Em outros, lutou contra o silêncio imposto pelos governantes. Refletiu mazelas que a população sofria. Expôs feridas. Caracterizou elementos da população e popularizou costumes e gírias.

A Era do Rádio:

A primeira transmissão radiofônica do Brasil aconteceu em 1922, com um pronunciamento do então presidente Epitácio Pessoa, e a transmissão da ópera “O Guarani” diretamente do Theatro Municipal no Rio de Janeiro.
Mas as primeiras radiodifusoras do Brasil inauguraram suas transmissões somente em 1923. Na programação, além dos noticiários, as emissoras começaram a investir na música e nos programas que eram transmitidos “ao vivo” diretamente dos auditórios, com a participação dos melhores artistas da época.
Gradativamente o rádio foi tomando lugar como importante veículo de comunicação e entretenimento da população brasileira. Comerciantes colocavam rádios em seus estabelecimentos “para atrair a freguesia”. Era mais rápido transmitir fatos pelas ondas do rádio do que pelos jornais. Não é exagero dizer que com o rádio a comunicação sofreu uma nova revolução, após a invenção do telégrafo no século XIX.


Mas é a partir de 1930, com o governo de Getúlio Vargas –  aguarda pelo rádio, o resultado das eleições – que o aparelho, no Brasil, tem seu grande salto enquanto instrumento de comunicação de massa. O governo na época incentivou o desenvolvimento profissional, técnico e comercial dos profissionais que trabalhavam diretamente nas rádios brasileiras. Mas, ao mesmo tempo que incentivava o desenvolvimento da “indústria do rádio”, o governo censurava aqueles meios de comunicação que eram opositores do regime, principalmente após o golpe de 1937.
O governo Vargas também ficou marcado por uma forte propaganda nacionalista, focando justamente na identidade do povo brasileiro. Portanto, nada mais justo do que valorizar a cultura do país, a maior expressão desta identidade nacional brasileira, propagada pelas ondas do rádio.
E como o governo incentivava o entretenimento – até mesmo para desviar o foco das críticas – as rádios passaram a contratar artistas para seus programas de auditório, ao invés de só convidá-los para um ou dois programas, ainda mais após a liberação dos reclames, os comerciais entre a programação, já que as rádios dependiam dos anunciantes para manter tudo funcionando.
Durante as décadas de 1930, 40 e 50, músicas como “Aquarela do Brasil“, “Ave Maria do morro“, “Estatutos da Gafieira“, “Mulata assanhada” e “Carinhoso” cantavam a alegria, as belezas naturais do Brasil, as mazelas, a malandragem do povo brasileiro.
Junto a isto, no final da década de 1950 inicia-se no Brasil um grande movimento musical: a bossa nova, nascida entre os músicos da classe média-alta do Rio de Janeiro. Na verdade, a bossa era uma forma diferente de cantar o samba, abusando do violão e do piano em um ritmo mais cadenciado, mas com o tempo a bossa incorporou alguns elementos do jazz norte-americano e acabou virando um ritmo único no mundo, feito por brasileiros e consumido pelo planeta.
Além do nascimento da bossa nova nos fins de 1950, temos que citar que durante as décadas de 1940 e 1950 o país passou por algumas mudanças importantes. Getúlio, que deixou o poder após o fim da Segunda Guerra, voltou eleito pela população – ele ficou no poder até 1945 após um já citado golpe em 1937. O mundo não estava mais em guerra, o país estava diretamente alinhado com os EUA em sua política externa, mas entre a população e os políticos encontrávamos membros simpatizantes da ideologia comunista, que já polarizava o mundo desde o fim da Segunda Guerra.
JK na radio nacionalApós o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, Juscelino Kubitschek – na foto ao lado em uma visita à Radio Nacional – é eleito para o cargo máximo da nação, e o presidente bossa nova, como era conhecido, mudou a capital do Rio de Janeiro para Brasília, cidade no planalto central projetada e construída para servir de centro governante do país.
Durante a década de 1950 o Brasil talvez tenha assistido – ou melhor, ouvido! – o ápice do rádio, presente na imensa maioria de lares brasileiros. Assim como hoje em dia a TV influencia opiniões e costumes, na época o rádio ajudava a construir parte desta cultura brasileira.



                                                                             fonte site historiazine                                                                            


Guerra do Paraguai



A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul no século 19. Rivalidades platinas e a formação de Estados nacionais deflagraram o confronto, que destruiu a economia e a população paraguaias.
É também chamada Guerra da Tríplice Aliança (Guerra de la Triple Alianza) na Argentina e Uruguai e de Guerra Grande, no Paraguai.


A Batalha do Riachuelo, um dos mais sangrentos episódios da Guerra do Paraguai.- óleo de Vítor Meireles

A Guerra do Paraguai durou seis anos. Teve seu início  em dezembro de 1864 e só chegou ao fim no ano de 1870, com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 

Francisco Solano López, ditador do Paraguai.

Causas

Desde sua independência, os governantes paraguaios afastaram o país dos conflitos armados na região Platina. A política isolacionista paraguaia, porém, chegou ao fim com o governo do ditador Francisco Solano López.
Em 1864, o Brasil estava envolvido num conflito armado com o Uruguai. Havia organizado tropas, invadido e deposto o governo uruguaio do ditador Aguirre, que era líder do Partido Blanco e aliado de Solano López. O ditador paraguaio se opôs à invasão brasileira do Uruguai, porque contrariava seus interesses.
Como retaliação, o governo paraguaio aprisionou no porto de Assunção o navio brasileiro Marquês de Olinda, e em seguida atacou a cidade de Dourados, em Mato Grosso. Foi o estopim da guerra. Em maio de 1865, o Paraguai também fez várias incursões armadas em território argentino, com objetivo de conquistar o Rio Grande do Sul. Contra as pretensões do governo paraguaio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai reagiram, firmando o acordo militar chamado de Tríplice Aliança.


Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da tríplice aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina. Após este conflito, o Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento econômico, pelo contrário, passa atualmente por dificuldades políticas e econômicas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Primavera dos Povos

Primavera dos Povos é o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848. Com a Revolução Francesa  de 1789, os ideais libertários espalharam-se por toda a Europa, assustando as monarquias absolutistas europeias. Nesse cenário é que se institui o Congresso de Viena, em 1815, que buscava uma restauração da antiga ordem vigente (pré-1789). Monarquias que haviam sido abolidas foram restauradas, e políticas repressoras voltaram a ser aplicadas à população.
Podemos encontrar na França, no ano de 1830 as sementes dos movimentos revolucionários de 1848. Com a subida do rei Luís Filipe da França, denominado "rei burguês", havia esperança entre a classe burguesa que seus interesses seriam devidamente representados, sendo o próprio monarca oriundo daquela classe.
O arranjo proporcionado pelo governo de Luís Filipe era comum em todo continente, onde governos autocráticos, que não abriam espaço para as classes subalternas dominavam o cenário político-social. Além disso, uma colheita sofrível no campo, entre os anos de 1845 e 1846 e uma consequente crise econômica, tanto no setor agrícola quanto industrial, preparou o terreno para que, durante o ano de 1848, revoluções de cunho liberal se espalhassem por toda Europa, sendo o primeiro foco na Sicília, e depois para a Hungria, França, Alemanha e Áustria.
A ideologia predominante, e que de certo modo unia todos os movimentos era a de um socialismo utópico (tanto que naquele mesmo ano temos a concepção do famoso "Manifesto Comunista" de Karl Marx e Friedrich Engels). Até mesmo em terras brasileiras os ecos das perturbações que assolavam a Europa se fazem sentir, com a Revolução Praieira, ocorrida na província de Pernambuco, em 1848.
Nos diversos países europeus, a Primavera dos Povos desenvolveu-se da seguinte maneira:

Itália

Na Itália havia o projeto central de unificação do país, que ocorreria somente em 1861 e que eclipsou tais preocupações sócio-econômicas. A ordem acabou por ser reestabelecida pelas diversas potências que dominavam as diversas regiões do território italiano à epoca, nomeadamente França e Áustria.

Hungria

Na Hungria, como na Itália, as ideias de afirmação e independência nacional acabavam por se igualar e até mesmo superar as preocupações de ordem mais prática. Ocorrem rebeliões no início do ano, e o governo que surge das eleições faz do país um território virtualmente livre do jugo austríaco. A Áustria invade o país, o governo eleito demite-se e a repressão que se segue é duríssima, terminando com as revoltas.

Áustria

Na Áustria, setores da aristocracia rebelaram-se contra a monarquia. Várias revoltas ocorrem, com destaque para a ocorrida em Praga. Em novembro de 1848, o imperador abdica, porém, tal situação será revertida em 1852, com a restauração do regime.

Alemanha

Na Alemanha, havia como na Itália, a questão da reunificação. Área em plena fase de industrialização, as revoltas operárias e camponesas proliferam-se. Chegou-se a elaborar uma nova constituição, mas esta termina por ser rejeitada pelo rei, e a situação termina com poucos progressos em relação à realidade anterior.

França

Na França, o rei Luís Filipe abdica em 1848. A república é proclamada, porém, a instabilidade irá continuar até cerca de 1851, quando, através de um glope palaciano, Carlos Luís Napoleão Bonaparte proclama o Segundo Império Francês, com o título de Napoleão III.
Na maior parte, as revoltas em toda Europa foram controladas, e as mudanças sociais que os movimentos revolucionários tanto ansiavam acabaram sufocadas pela emergente Segunda Revolução Industrial e por uma tênue calmaria econômica, que seria acompanhada de uma calmaria política. Os regimes autocráticos teriam sobrevida até o início da Primeira Guerra Mundial, onde a ordem estabelecida em Viena seria finalmente implodida.

Bibliografia:
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/primavera-dos-povos.jhtm - UOL Vestibular - Revoluções de 1848
http://educacao.uol.com.br/historia/ult1704u54.jhtm

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cronologia dos principais fatos brasileiros


PERÍODO: Brasil Colônia

1500 – A expedição de Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.
1501 – Américo Vespúcio faz uma expedição exploratória na costa brasileira.
1504 – Chegam ao Brasil navegadores  franceses para exploração do território.
1530 – É instituído o regime de capitanias hereditárias por Dom João III. A expedição colonizadora de Martim Afonso chega ao Brasil.
1532 – Fundada a Vila de São Vicente, primeira vila do Brasil por Martim Afonso.
1534 - O Brasil é dividido em capitanias hereditárias. Início da escravização do índio no Brasil.
1543 - A primeira Santa Casa do Brasil é fundada por Braz Cubas.
1548 – Criado  o governo-geral com o objetivo de centralizar a administração da Colônia.
1549 – A cidade de Salvador é fundada.  é constituído o primeiro governo geral do Brasil com Tomé de Souza.
1550 - Inicia a criação de gado no Brasil, com chegada de espécies. Em Salvador chega a primeira leva de escravos vindos da África.
1555 - Os franceses fundam a França Antártica, no Rio de Janeiro.
1562 - João Ramalho torna-se capitão-mor de São Paulo de Piratininga.
1563 – A cidade de São Sebastião (Rio de Janeiro) é fundada por Estácio de Sá. 
1567 - Os franceses são expulsos do Rio de Janeiro.
1570 – A liberdade dos índios é garantida pela Carta régia.
1571 – Decreto de Dom Sebastião determina  que somente navios portugueses transportem mercadorias para o Brasil.
1578 - Francis Drake e outros corsários ingleses exploram pau-brasil no Maranhão.
1580 - Início do domínio espanhol, também chamado União Ibérica.
1584 - Os portugueses dão inicio a conquista da Paraíba.
1585 - O forte em torno do qual cresceu a atual cidade de João Pessoa é construído por Martim Leitão.
1586 – Espanhóis e portugueses tentam, sem sucesso, expulsar os franceses da Paraíba.
1587 - Barcos estrangeiros são proibidos de ancorar no Brasil. O capitão inglês Thomas Cavendish pratica atos de pirataria em São Vicente.
1595 - Lei de Filipe II proíbe a escravização dos índios. Ataque do corsário inglês James Lancaster no Recife.
1596 - Ingleses fundam feitorias no delta do Rio Amazonas.
1599 - Jerônimo de Albuquerque pacifica os portugueses na Paraíba e funda Natal.
1605 - Governo espanhol proíbe que estrangeiros desembarquem no Brasil e nas demais partes do além-mar português.
1612 - Os franceses invadem o Maranhão e fundam a França Equinocial.
1615 - Jerônimo de Albuquerque, Alexandre Moura e Francisco Caldeira apoderam-se do forte de São Luiz do Maranhão, derrotando a França Equinocial.
1616 – A cidade de Santa Maria do Belém, no Paraná,  é fundada por Francisco Caldeira.
1619 - Índios Tupinambás se revoltam, porém são derrotados no Pará.
1621 - O Estado do Maranhão (Maranhão, Ceará e Pará), é criado pela Coroa Espanhola.
1624 – Os holandeses invadem a Bahia; os portugueses estabelecem a resistência.
1625 – Os holandeses são expulsos da Bahia com o apoio da esquadra espanhola.
1630 - Os holandeses atacam Pernambuco e se estabelecem.
1637 – Mauricio de Nassau, governador holandês de Pernambuco, expulsa as tropas luso-brasileiras em direção à Bahia.
1638 - Inicia a expedição de João Dias em direção ao sul do país.

1640 - Procuradores da Capitania de São Vicente expulsam os jesuítas. Chega ao fim o domínio espanhol.
1644 – Ao desentender-se com a Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de Nassau deixa o cargo de governador.
1645 - Insurreição dos luso-brasileiros de Pernambuco contra os holandeses.
1648 - Na primeira Batalha dos Guararapes os holandeses  são derrotados por Francisco Barreto.
1654 - Expulsão definitiva dos holandeses do Brasil.
1661 – Através de tratado de paz os holandeses reconhecem a perda da colônia do Brasil. Aliança com Portugal autoriza o comércio dos ingleses no Brasil e nas Índias.
1669 - Francisco de Mota Falcão ergue o Forte de São José do Rio Negro.
1671 – Através de decreto é liberada a entrada de navios estrangeiros em portos brasileiros.
1674 - Bandeira de Fernão Dias Pais Leme parte em direção ao sertão de Minas Gerais.
1684 - Explode, no Maranhão, a Revolta de Beckman.
1685 - Construídos quatro fortes na região amazônica, ameaçada pelos franceses de Caiena. A Coroa Portuguesa proíbe a produção de manufaturas no Brasil.
1694 - É montada na Bahia a primeira Casa da Moeda. Primeiras notícias de descoberta de ouro em Minas Gerais.
1702 - É criada a Intendência das Minas, tendo como função principal distribuir terras para a exploração do ouro e cobrança de tributos para a Fazenda Real.
1708 – Inicia a Guerra dos Emboabas.
1710 - Deflagrada a Guerra dos Mascates, conflito entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes de Recife.
1711 – Através de Carta Régia São Paulo é elevada à categoria de cidade.
1713- Através do Tratado de Utrecht; a França aceita o rio Oiapoque como limite entre a Guiana e o Brasil.
1715 – Pelo Tratado de Utrecht; a Espanha concorda em devolver a Colônia do Sacramento a Portugal.
1720 – São criadas as Casas de Fundição. Nesse ano, inicia a Revolta de Vila Rica, em protesto contra a criação das Casas de Fundição.
1722 - Expedição de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, que descobriria ouro no sertão goiano.
1727 - Cuiabá  é fundada pelo governador Rodrigo César.
1728 - Descobertas as primeiras jazidas de diamantes em Serro Frio (atual Diamantina).
1729 - Inicia a produção de diamantes no arraial do Tijuco, atual cidade de Diamantina, em Minas Gerais.
1737 – Início da ocupação portuguesa do Rio Grande do Sul, voltada para a criação de gado.
1747 – Por alvará régio são confiscados os tipos de imprensa existentes no Brasil.
1750 - Pelo Tratado de Madri, é reconhecido o domínio de Portugal sobre os territórios a oeste do meridiano de Tordesilhas.
1752 - Colonos açorianos chegam ao Rio Grande do Sul; algumas famílias se estabelecem em Porto dos Casais (Porto Alegre).
1759 - Os jesuítas são expulsos do Brasil.
1761 – Através do Acordo do Pardo Espanha e Portugal anulam o Tratado de Madri.
1763 – Transferida de Salvador para o Rio de Janeiro a capital do Estado do Brasil.
1765 - Decretada a derrama, pela qual se obrigava a população mineradora a completar a soma acumulada do imposto devido.
1766 - Inicia o plantio de arroz no Maranhão.
1771 - Começa a funcionar a Intendência dos Diamantes.
1775 – Reunificação dos Estados do Brasil e do Grão-Pará e Maranhão.
1777 – Tratado de Santo Ildefonso entre Portugal e Espanha. A Colônia do Sacramento passa definitivamente para o domínio espanhol.
1777 – Morte de D. José I e ascensão de D. Maria I ao trono português. Pombal é afastado do governo e os rumos da política e administração lusas sofrem uma mudança radical (fase conhecida como “Viradeira”).
1789  – Inconfidência Mineira, primeiro dos movimentos emancipacionistas que caracterizam a crise do Sistema Colonial.
1792 – Execução de Tiradentes.
1798  – Conjuração dos Alfaiates ou Inconfidência Baiana: movimento emancipacionista com participação predominante de elementos populares. Possuía projetos de caráter social, como a abolição da escravatura.
1801 – Os sul-rio-grandenses ocupam o território dos antigos Sete Povos das Missões, então em poder dos espanhóis, aproveitando uma curta guerra entre Portugal e Espanha. O Tratado de Badajoz, firmado entre os dois países nesse mesmo ano, reconhece implicitamente o domínio lusitano sobre aquela região.
– Conspiração dos Suaçunas, conciliábulo de senhores-de-engenho pernambucanos que alguns historiadores insistem em considerar como movimento emancipacionista. Não são aplicadas punições aos supostos envolvidos.
1808 – Chegada de D. João à Bahia, dando início ao PERÍODO JOANINO (1808/21). Carta-régia determina a abertura dos portos brasileiros “a todas as nações amigas”. Fim do “exclusivo” metropolitano e enfraquecimento do Pacto Colonial. Passagem do Brasil para a órbita direta do capitalismo industrial inglês, em substituição ao anacrônico colonialismo mercantilista português.
– Alvará de Liberdade Industrial, revogando as proibições impostas por D. Maria I em 1785. Medida de pouco alcance prático, dada a falta de tecnologia e de capitais no Brasil.
– Instalação da Imprensa Régia e publicação do primeiro jornal brasileiro.
– Criação de escolas de Medicina (primeiros cursos superiores instalados no Brasil) no Rio de Janeiro e em Salvador.
1810 - Início da pressão inglesa para extinção do tráfico negreiro no Brasil.
1815 - Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves.
1817 – Revolução Pernambucana. Último movimento emancipacionista e o único que chegou ao estágio da luta armada.
1818 - O príncipe regente torna-se rei, com o título de Dom João VI. Criada a colônia suíça de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
1820 - Chega ao Brasil a notícia da Revolução do Porto.
1821 – Fim do absolutismo no Brasil. D. João VI aceita submeter-se à autoridade das Cortes. Juntas Provisórias de Governo substituem os governadores das províncias (nova denominação das capitanias) nomeados pelo rei.
– Por pressão das Cortes de Lisboa, D. João VI retorna a Portugal, deixando o príncipe-herdeiro D. Pedro como regente do Brasil.
– As Cortes exigem o retorno de D. Pedro a Portugal.
1822 – Dia do Fico (9 de janeiro)  - D. Pedro recusa-se a obedecer às Cortes e decide permanecer no Brasil. A partir daí, acelera-se o processo da Independência.
1822 – Dom Pedro proclama a independência do Brasil. (7 de setembro)

PERÍODO: Brasil Império

1822 – Aclamação do príncipe D. Pedro como imperador do Brasil, com o nome de D. Pedro I.

1823 – É instalada, a Assembléia Constituinte encarregada de elaborar a primeira Constituição do Brasil. Choque entre as tendências liberais da Assembléia e o autoritarismo do imperador. D. Pedro I dissolve a Assembléia por meio de um golpe militar.


1824 – D. Pedro I outorga uma Constituição centralizadora: unitarismo (ausência de autonomia provincial), quadripartição de poderes (sendo o Poder Moderador privativo do monarca), voto censitário e subordinação da Igreja ao Estado.
– Confederação do Equador: revolta separatista pernambucana, com características idênticas às da Revolução de 1817. Forte repressão por parte de D. Pedro I.
– Os Estados Unidos reconhecem a independência do Brasil.


1825 – Portugal e Grã-Bretanha (Inglaterra) reconhecem a independência do Brasil.


1826 - Brasil e Inglaterra constituem uma convenção sobre a extinção do tráfico negreiro.


1826 – Morre D. João VI. D. Pedro I é reconhecido como rei de Portugal (D. Pedro IV), mas abdica em favor de sua filha D. Maria da Glória (D. Maria II).


1828 – Chega ao fim a Guerra da Cisplatina entre Brasil e Argentina, resultando em um Tratado de paz onde ambos os países aceitam a independência da Província Cisplatina, com o nome de “República Oriental do Uruguai”.


1830 – Promulgado o Código Criminal.


1831 - É criada a Guarda Nacional.


1834 – Morre em Portugal D. Pedro I.


1835 - Início da Regência Una do padre Feijó. No Pará, deflagrada a Cabanagem; no Sul, a Revolução Farroupilha. Revolta dos Malês na Bahia.


1837 – Feijó renuncia à Regência. O regressista Araújo Lima torna-se regente interino.
Na Bahia, inicia a Sabinada (tentativa de separatismo temporário).


1839 – Garibaldi, um dos líderes farroupilhas, funda em Santa Catarina a passageira República Juliana.


1840 - Dom Pedro de Alcântara tem antecipada sua maioridade e se torna o segundo Imperador do Brasil.


1842 - Revoltas liberais surgem em Minas Gerais e São Paulo. O movimento é sufocado por Caxias, que já vencera a Balaiada e depois pacificaria o Rio Grande do Sul.


1848 – Tem início a Revolução Praieira.


1849 – A cidade de Joinville, em Santa Catarina é fundada por colonos alemães.


1850 - Promulgação da Lei Eusébio de Queiroz, que proíbe definitivamente o tráfico negreiro para o Brasil.


1851 – Tem início a guerra entre Brasil e Paraguai contra Rosas e seu aliado Oribe, ex-presidente do Uruguai.


1852 - O general Caxias comanda forças brasileiras, uruguaias e argentinas que derrotam e depõem Rosas.


1854 – Fundado o novo Banco do Brasil (antiga casa da moeda). Inauguração da primeira estrada de ferro do Brasil.


1856 - Início da construção da primeira estrada pavimentada do país, a União Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora.


1865 – Tem início a Guerra do Paraguai.


1866 - O rio Amazonas é aberto à navegação internacional.


1867 - É inaugurada a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.


1870 - Fim da Guerra do Paraguai.


1871 - Promulgação da Lei do Ventre Livre.


1872 - Primeiro recenseamento realizado no Brasil.


1873 - É fundado o Partido Republicano Paulista, na Convenção de Itu, em São Paulo.


1874 - Inicia a corrente imigratória italiana para o Brasil.


1877 – Início do “ciclo da borracha” na Amazônia, utilizando principalmente mão-de-obra nordestina deslocada de suas províncias por uma grande seca.


1884 – O Ceará é a primeira província a extinguir a escravidão.


1885 – Promulgação da Lei dos Sexagenários ou Lei Saraiva–Cotegipe, que emancipa os escravos com mais de 65 anos.


1888  – Abolição da escravidão por força da Lei Áurea.


1889 – Chega ao fim o período do Império.

PERÍODO: Brasil República

1889 – Proclamação da República. Banimento da Família Imperial e formação de um Governo Provisório chefiado por Deodoro.
– Primeiras medidas do novo governo: modificação da Bandeira Nacional, liberdade de cultos, separação entre Igreja e Estado, criação do Registro Civil e secularização dos cemitérios.
1890 – Encilhamento: crise financeira provocada pelo ministro da Fazenda, Rui Barbosa.
1891 - Promulgada a primeira Constituição da República. Deodoro é eleito presidente da República pelo Congresso nacional e Floriano Peixoto vice. Golpe de Estado. Renúncia de Deodoro, após uma série de atritos com o Congresso e uma tentativa frustrada de golpe de Estado. Floriano (o “Marechal de Ferro”) assume a chefia do Estado.
1893 - Tem início a Revolução Federalista, no Rio Grande do Sul, estendendo-se a Santa Catarina e Paraná.
1893 – Revolta da Armada no Rio de Janeiro, com participação de monarquistas. Ao se retirarem da Baía da Guanabara, os rebeldes da Armada unem-se aos federalistas no Sul.
1894 –Fim da República da Espada (1889/94) e início da República das Oligarquias (1894/1930).
– Eleição do civil Prudente de Morais para a Presidência da República.
1897 - Prudente de Moraes sofre um atentado. O arraial de Canudos é destruído por tropas federais.
1898 – É eleito presidente da República Campos Sales, idealizador da “Política do Café-com-Leite” e da “Política dos Governadores”.
1903 - Revolta no Acre contra a Bolívia. Plácido de Castro proclama a independência do Estado e meses depois o território é anexado ao Brasil.
1903 – “Revolta da Vacina” no Rio de Janeiro, envolvendo também a insatisfação popular com as más condições de vida e a alta de preços.
1906 - O Convênio de Taubaté propõe soluções para a crise de superprodução do café. Os governos estaduais deveriam comprar e estocar a produção excedente.
1907 - Congresso aprova a Lei de Repressão ao Anarquismo, autorizando a deportação de estrangeiros ligados ao movimento operário.
1908 - Criação da Confederação Operária Brasileira. Chegam ao Brasil os primeiros imigrantes japoneses.
1909 - Morte de Afonso Pena. O vice Nilo Peçanha assume a Presidência. – Candidatura presidencial do marechal Hermes da Fonseca e quebra da “Política do Café-com-Leite”.
1910 - Hermes da Fonseca é eleito presidente e Venceslau Brás vice.
– Revolta da Chibata, reivindicando melhores condições para os marinheiros da Armada.
– Criação do Serviço de Proteção ao Índio (atual FUNAI), chefiado pelo então major Cândido Rondon.
1912 – Campanha do Contestado: destruição, pelo Exército, dos núcleos messiânicos instalados na região da divisa entre Paraná e Santa Catarina.
1914 - Conflito no Ceará contra o governo de Franco Rabelo. Jagunços comandados pelo Padre Cícero e Floro Bartolomeu ocupam Vale do Cariri.
1915 - Anarquistas organizam o Congresso Nacional da Paz em Protesto contra a I Guerra Mundial.
1916 - Fundada a Liga de Defesa Nacional. Fim da Guerra do Contestado.
1917 - Greve Geral paralisa a cidade de São Paulo, Navios alemães torpedeiam navios brasileiros. Em represália, o Brasil entra na guerra.
1918 - Eleições presidenciais. Rodrigues Alves é eleito presidente e Delfim Moura, vice. Gripe espanhola se alastra por São Paulo e outras regiões do país.
1920 - Conflito na Bahia. É decretada intervenção federal.
1922 - Revolta do Forte de Copacabana (Os 18 do Forte), sendo a primeira revolta do movimento tenentista.
- Realiza-se, em São Paulo, a Semana de Arte Moderna.
– Fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB), impropriamente conhecido como “Partido Comunista Brasileiro” (denominação oficializada somente no final dos anos 50).
1923 - Crise no Estado do Rio de Janeiro. Intervenção federal.
1924 - Eclode em São Paulo outra revolta tenentista contra o governo federal. Tem início a Coluna Prestes.
1926 - Criação do Partido Democrático, em São Paulo.
1927 - Instituído o voto feminino no Rio Grande do Norte.
1928 - Fundação do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).
1929 - Lançada a candidatura Getúlio Vargas.
1930 – Inicia  no Rio Grande do Sul e no nordeste a Revolução de 1930, dando fim à  Primeira República (ou República das Oligarquias) e início da Era Vargas.
1931 - Cria-se o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Tem início a promulgação de leis sociais.
1932 - Novo Código Eleitoral estabelece o voto secreto e o direito das mulheres votarem e serem votadas.
- Tem início a Revolução Constitucionalista de São Paulo: movimento armado com o objetivo de
apressar a reconstitucionalização do País (tentativa da oligarquia paulista de retomar o poder).
1933 - Instalada Assembléia Nacional Constituinte, eleita por voto secreto e com participação do eleitorado feminino.
1934 - É promulgada a segunda Constituição da República , que incorpora a legislação trabalhista e os recentes aperfeiçoamentos eleitorais; criação dos “deputados classistas” (20% do total).
– Vargas é eleito indiretamente para a Presidência da República, com um mandato de quatro anos.
1935 - Decretada a Lei de Segurança Nacional. Em novembro, ocorre o levante da Aliança Nacional Libertadora (Natal, Recife e Rio de Janeiro). O governo reprime o movimento decretando estado de sítio.
1937 - Uma nova Constituição é imposta ao país. Golpe de Estado de Vargas, com apoio das Forças Armadas e da maior parte dos setores conservadores. Dissolução do Congresso Nacional e outorga de uma Constituição autoritária (a “Polaca”).
– Divulgação, pelo governo, do “Plano Cohen” (projeto de insurreição comunista forjado por um oficial do Exército).
1937 – Fase do Estado Novo, dentro da Era Vargas. Os partidos políticos são extintos e não mais se realizam eleições. Instaura-se uma ditadura e os estados voltam a ser governados por interventores nomeados.
1940 - Governo institui salário mínimo.
1941 - Criação do Ministério da Aeronáutica.
1942 - Alemães torpedeiam navios brasileiros e o Brasil declara guerra à Alemanha e a Itália.
1943  – Entra em vigor a Consolidação das Leis do Trabalho, código trabalhista inspirado na “Carta del Lavoro” da Itália Fascista.
– “Manifesto dos Mineiros” em prol da redemocratização do Brasil.
1944 - Participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB), do Exército, e de um destacamento da Força Aérea na luta contra os alemães na Itália.
1945 - Vargas é deposto por um golpe militar. José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, assume interinamente a Presidência da República. Chega ao fim a Era Vargas.
1946 - É promulgada a quarta Constituição da República. Início do governo Dutra.
1947 - O governo Dutra decreta a extinção do Partido Comunista.
1948 - Cassado o mandato dos deputados comunistas.
1950 - Eleições presidenciais. Vitória de Getúlio Vargas.
1951 - Inaugurada a I Bienal Internacional de Artes Plásticas.
1952 - Criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
1953 - Criação da Petrobrás. E 300 mil trabalhadores reivindicam reajuste salarial.
1954 - O governo concede aumento de 100 % aos assalariados.
- Suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto.
1955 - Juscelino Kubitschek é eleito presidente da República.
1956 - O governo Juscelino, com base em seu Plano de Metas, empreende diversas realizações desenvolvimentistas.
1960 - Inauguração da cidade de Brasília.
1961 - O presidente Jânio Quadros toma posse em janeiro e renuncia em agosto.
– Crise institucional. A cúpula das Forças Armadas se opõe à posse do vice João Goulart na Presidência. Solução de compromisso: Ato Adicional à Constituição de 1946, instituindo o sistema parlamentarista.
– Posse de João Goulart (“Jango”).
1962 - Criação do Conselho Nacional de Reforma Agrária.
1963- – Referendo restabelece o sistema presidencialista.
– Jango propõe as “Reformas de Base” (agrária, bancária, administrativa, universitária e das Forças Armadas).
1964 - É deflagrado o golpe político-militar que afasta João Goulart (Jango). O marechal Castelo Branco assume a presidência da República. Ato Institucional suspende direitos políticos de centenas de pessoas.
1964 - Fim da República Populista e início dos Governos Militares (1964/85).
1965  – Cassação de vários líderes políticos, sindicais e estudantis, com destaque para João Goulart, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e Leonel Brizola.
– Queda da inflação, que no final do governo Goulart conseguiu o índice de 100% ao ano.
– Após a vitória de candidatos da oposição para os governos estaduais da Guanabara, Minas Gerais e Goiás, o presidente Castelo Branco edita o Ato Institucional nº 2, que extingue os partidos políticos existentes e institui o bipartidarismo, consubstanciado na ARENA (partido da situação) e MDB (partido da oposição).
1966 - Suspensas eleições para cargos executivos, inclusive deputados e senadores.
1967 - O marechal Costa e Silva toma posse como presidente. É promulgada uma nova Constituição Federal.
1968 - Movimentos de oposição são reprimidos com violência.
- O governo edita o Ato Institucional nº5, que concede ao presidente da República poderes excepcionais por tempo indeterminado.
1969 - O governo passa a ser exercido, interinamente, por uma junta formada pelos três ministros militares.
1970 - Oposição ao governo se intensifica com guerrilhas na cidade e no campo. Regime endurece com prisões, torturas e censura.
1972 - Inaugurada a Transamazônica em meio às críticas pela devastação do meio ambiente.
1973 - Médici assina acordo com o ditador Stroessner para a construção da hidrelétrica de Itaipu. O país vive o período do "milagre econômico".
1974 - Inauguradas a hidrelétrica de Ilha Solteira, a Ponte Rio Niterói e o Metrô de São Paulo. Inicio do governo do general Geisel. Em seu governo, tem início a abertura política, que o próprio Geisel define como “lenta, gradual e segura”.
1975 - Brasil entra na era nuclear assinando acordo com a Alemanha.
1977 - Intensifica-se o movimento da sociedade civil em favor da recuperação dos direitos democráticos.
1978 - Geisel inicia processo de abertura. Fim do AI-5. Eleição indireta do general Figueiredo, chefe do SNI.
1979 - Inicio do governo do general João Figueiredo. Aprovada a lei da anistia.
1980 – Libertação dos presos políticos e autorização para os exilados retornarem ao País..
1981 – O governo restabelece eleições diretas para os cargos do Executivo, exceto para presidente da República e prefeitos das capitais e áreas de segurança nacional.
1982 - – Eleições diretas para governador, suspensas desde 1966.
1984 - O país se mobiliza, reivindicando eleições diretas. A Campanha “Diretas-Já” reúne multidões nas principais capitais do País; mas a emenda Dante de Oliveira, que as instituiria, é rejeitada no Congresso.
1985 - Fim dos governos militares  e início da Nova República.
1985 - Em eleições indiretas para a Presidência da República o candidato da oposição Tancredo Neves é eleito o novo Presidente do Brasil, entretanto devido a problemas de saúde não assume e em 21 de abril, é anunciada a sua morte.
1986 - Decretado o Plano Cruzado I e II, destinado a conter a inflação e estabilizar a economia.
1987 - Instala-se a Assembléia Constituinte, sob a presidência de Ulysses Guimarães. A crise econômica se agrava; a inflação não é contida.
1988 - Promulgada a oitava Constituição do Brasil. Cresce a violência no campo e na cidade. - Assassinado no Acre o líder seringueiro Chico Mendes.
1989 - Fernando Collor de Mello é o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960.
1990 - Collor lança o Plano Collor I, plano econômico revolucionário, que muda a moeda em vigor e retém, por 24 meses, depósitos feitos em contas-correntes ou em poupanças.
1991 - Retomada escalada da inflação. O governo não obtém apoio do Congresso e a crise econômica se aprofunda. Plano Collor II.
1992 - Sucessivos escândalos abalam o governo Collor. A inflação retoma seu processo de crescimento.
1992 - Fernando Collor renuncia à Presidência pouco antes de sofrer impeachment pelo Congresso, que o declara inelegível por oito anos. O vice-presidente, Itamar Franco, torna-se presidente efetivo.
1993 - Plebiscito popular opta pelo presidencialismo republicano como sistema de governo. Nova reforma cria o cruzeiro real.
1994 - Lançada uma nova moeda, o real. O ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, candidata-se à Presidência da República e vence.
1995 - A inflação é debelada e o país retoma a confiança. Inicia-se processo de privatizações.
1996 - Governo brasileiro é o principal articulador para o efetivo estabelecimento do Mercosul. Iniciam-se diversas campanhas para projetar um novo país no cenário global.
1997 - A sociedade protesta por reformas sociais, entre elas a Tributária, da Previdência e da Saúde. Governo de Fernando Henrique preocupa-se com a aprovação da emenda para reeleições.
1998 - Fernando Henrique é reeleito e uma nova bancada no Congresso assume em 1999.
2000 - O país comemora os 500 anos do descobrimento.
2000 – A crise econômica da Argentina e a desaceleração global abalam a economia brasileira.
2002 – Vitória do candidato de oposição Luís Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República.
2003 - O presidente Lula discursa na Assembléia Geral da ONU propondo a criação de um fundo mundial de combate à fome.
2006 - Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, passa oito dias no espaço como participante em uma missão russa.
2006 - Luís Inácio Lula da Silva é reeleito Presidente do Brasil.
2007- Início do segundo mandato de Luís Inácio Lula da Silva.              
2008 – Centenário da Cruz Vermelha Brasileira. Centenário da imigração japonesa no Brasil. Bicentenário da Polícia Civil do Brasil.
2009 - Série de escândalos abala a credibilidade do Congresso Nacional. Escândalo do Mensalão no Distrito Federal, escândalo dos atos secretos no senado brasileiro. Pandemia de gripe A (H1N1). Lei anti-fumo entra em vigor.
2010 - Entra em vigor no Brasil, em maio,  o Projeto Ficha Limpa. O projeto visa impedir que políticos com condenação na Justiça possam concorrer às eleições.
2011 - Dilma Vana Rousseff, foi empossada a primeira mulher presidente da República do Brasil.

Resumão da Historia do Brasil


Fundação

A descoberta do Brasil, em 22 de abril de 1500, pela esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, com destino às Índias, integra o ciclo da expansão marítima portuguesa. Inicialmente denominada Terra de Vera Cruz, depois Santa Cruz e, finalmente, Brasil, a nova terra foi explorada a princípio em função da extração do pau-brasil, madeira de cor vermelha usada em tinturaria na Europa, e que deu o nome à terra.
Várias expedições exploradoras (Gonçalo Coelho, Gaspar de Lemos) e guarda-costas (Cristóvão Jacques) foram enviadas pelo rei de Portugal, a fim de explorar o litoral e combater piratas e corsários, principalmente franceses, para garantir a posse da terra. O sistema de feitorias, já utilizado no comércio com a África e a Ásia, foi empregado tanto para a defesa como para realizar o escambo (troca) do pau-brasil com os indígenas. A exploração do pau-brasil, monopólio da Coroa portuguesa, foi concedida ao cristão-novo Fernão de Noronha.
A partir de 1530, tem início a colonização efetiva, com a expedição de Martim Afonso de Sousa, cujos efeitos foram o melhor reconhecimento da terra, a introdução do cultivo da cana-de-açúcar e a criação dos primeiros engenhos, instalados na recém-fundada cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo, que no século 16 chegou a ter treze engenhos de açúcar. A economia açucareira, entretanto, vai se concentrar no Nordeste, principalmente em Pernambuco. Estava baseada no tripé latifúndio--monocultura--escravidão. A cana-de-açúcar, no Nordeste, era cultivada e beneficiada em grandes propriedades, que empregavam mão-de-obra dos negros africanos trazidos como escravos, e destinava-se à exportação.
Ao lado do ciclo da cana-de-açúcar, ocorrido na zona da mata, desenvolveu-se o ciclo do gado. A pecuária aos poucos ocupou toda a área do agreste e do sertão nordestinos e a bacia do rio São Francisco. No século 18, o ciclo da mineração do ouro e dos diamantes em Minas Gerais levou à ocupação do interior da colônia. A sociedade mineradora era mais diversificada do que a sociedade açucareira, extremamente ruralizada. Na zona mineira, ao lado dos proprietários e escravos, surgiram classes intermediárias, constituídas por comerciantes, artesãos e funcionários da Coroa.
Política e administrativamente a colônia estava subordinada à metrópole portuguesa, que, para mais facilmente ocupá-la, adotou, em 1534, o sistema de capitanias hereditárias. Consistia na doação de terras pelo rei de Portugal a particulares, que se comprometiam a explorá-las e povoá-las. Apenas duas capitanias prosperaram: São Vicente e Pernambuco. As capitanias hereditárias somente foram extintas em meados do século 18.
Em 1548, a Coroa portuguesa instituiu o governo geral, para melhor controlar a administração da colônia. O governador-geral Tomé de Sousa possuía extensos poderes, e administrava em nome do rei a capitania da Bahia, cuja sede, Salvador -- primeira cidade fundada no Brasil, foi também sede do governo geral até 1763, quando a capital da colônia foi transferida para o Rio de Janeiro. A administração local era exercida pelas câmaras municipais, para as quais eram eleitos os colonos ricos, chamados “homens bons”.
O papel da Igreja Católica era da mais alta importância. A ela cabiam tarefas administrativas, a assistência social, o ensino e a catequese dos indígenas. Dentre as diversas ordens religiosas, destacaram-se os jesuítas.
Invasões estrangeiras. Durante o período colonial, o Brasil foi alvo de várias incursões estrangeiras, sobretudo de franceses, ingleses e holandeses. Os franceses chegaram a fundar, em 1555, uma colônia, a França Antártica, na ilha de Villegaignon, na baía de Guanabara. Somente foram expulsos em 1567, em combate do qual participou Estácio de Sá, fundador da cidade do Rio de Janeiro (1565). Mais tarde, entre 1612 e 1615, novamente os franceses tentaram estabelecer uma colônia no Brasil, desta vez no Maranhão, chamada França Equinocial.
Os holandeses, em busca do domínio da produção do açúcar (do qual eram os distribuidores na Europa), invadiram a Bahia, em 1624, sendo expulsos no ano seguinte. Em 1630, uma nova invasão holandesa teve como alvo Pernambuco, de onde estendeu-se por quase todo o Nordeste, chegando até o Rio Grande do Norte. Entre 1637 e 1645, o Brasil holandês foi governado pelo conde Maurício de Nassau, que realizou brilhante administração. Em 1645, os holandeses foram expulsos do Brasil, no episódio conhecido como insurreição pernambucana.

Expansão geográfica

Durante o século 16, foram organizadas algumas entradas, expedições armadas ao interior, de caráter geralmente oficial, em busca de metais preciosos. No século seguinte, expedições particulares, conhecidas como bandeiras, partiram especialmente de São Paulo, com três objetivos: a busca de índios para escravizar; a localização de agrupamentos de negros fugidos (quilombos), para destruí-los; e a procura de metais preciosos. As bandeiras de caça ao índio (Antônio Raposo Tavares, Sebastião e Manuel Preto) atingiram as margens do rio Paraguai, onde arrasaram as “reduções” (missões) jesuíticas. Em 1695, depois de quase um século de resistência, foi destruído Palmares, o mais célebre quilombo do Brasil, por tropas comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.
Datam do final do século 17 as primeiras descobertas de jazidas auríferas no interior do território, nas chamadas Minas Gerais (Antônio Dias Adorno, Manuel de Borba Gato), em Goiás (Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera) e Mato Grosso (Pascoal Moreira Cabral), onde foram estabelecidas vilas e povoações. Mais tarde, foram encontrados diamantes em Minas Gerais. Um dos mais célebres bandeirantes foi Fernão Dias Pais, o caçador de esmeraldas.
Ao mesmo tempo que buscavam o oeste, os bandeirantes ultrapassaram a vertical de Tordesilhas, a linha imaginária que, desde 1494, separava as terras americanas pertencentes a Portugal e à Espanha, contribuindo para alargar o território brasileiro. As fronteiras ficaram demarcadas por meio da assinatura de vários tratados, dos quais o mais importante foi o de Madri, celebrado em 1750, e que praticamente deu ao Brasil os contornos atuais. Nas negociações com a Espanha, Alexandre de Gusmão defendeu o princípio do uti possidetis, o que assegurou a Portugal as terras já conquistadas e ocupadas.

Revoltas coloniais

Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, voltou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio do Estado do Maranhão. Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e “forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os comerciantes de Recife aos aristocráticos senhores de engenho de Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em 1720, combateu a instituição das casas de fundição e a cobrança de novos impostos sobre a mineração do ouro.
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século foram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, além do caráter econômico, uma clara conotação política. A conjuração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que terminou preso e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a independência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana -- também chamada revolução dos alfaiates, devido à participação de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, soldados, negros libertos) --, ocorrida em 1798, tinha idéias bastante avançadas para a época, inclusive a extinção da escravidão. Seus principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro importante movimento de caráter republicano e separatista, conhecido como revolução pernambucana de 1817.
Independência. Em 1808, ocorreu a chamada “inversão brasileira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia portuguesa, com a transferência da família real e da corte para o Rio de Janeiro, fugindo da invasão napoleônica na península ibérica. Ainda na Bahia, o príncipe regente D. João assinou o tratado de abertura dos portos brasileiros ao comércio das nações amigas, beneficiando principalmente a Inglaterra. Terminava assim o monopólio português sobre o comércio com o Brasil e tinha início o livre-cambismo, que perduraria até 1846, quando foi estabelecido o protecionismo.
Além da introdução de diversos melhoramentos (Imprensa Régia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Botânico, faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e outros), no governo do príncipe regente D. João (que passaria a ter o título de D. João VI a partir de 1816, com o falecimento da rainha D. Maria I) o Brasil foi elevado à categoria de reino e teve anexadas a seu território a Guiana Francesa e a Banda Oriental do Uruguai, que tomou o nome de província Cisplatina.
A partir de 1821, com a volta do rei e da corte para Portugal, o Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D. Pedro. Atendendo principalmente aos interesses dos grandes proprietários rurais, contrários à política das Cortes portuguesas, que desejavam recolonizar o Brasil, bem como pretendendo libertar-se da tutela da metrópole, que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro proclamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo. É importante destacar o papel de José Bonifácio de Andrada e Silva, à frente do chamado Ministério da Independência, na articulação do movimento separatista.
Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro I tratou de dar ao país uma constituição, outorgada em 1824. No início do seu reinado, ocorreu a chamada “guerra da independência”, contra as guarnições portuguesas sediadas principalmente na Bahia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação do Equador, movimento revoltoso de caráter republicano e separatista, questionava a excessiva centralização do poder político nas mãos do imperador, mas foi prontamente debelado. Em 1828, depois da guerra contra as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil reconheceu a independência do Uruguai.
Depois de intensa luta diplomática, em que foi muito importante a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a independência do Brasil. Freqüentes conflitos com a Assembléia e interesses dinásticos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831, a abdicar do trono do Brasil em favor do filho D. Pedro, então com cinco anos de idade.
Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com um período regencial, que durou até 1840, quando foi proclamada a maioridade do imperador, que contava cerca de quinze anos. Durante as regências, ocorreram intensas lutas políticas em várias partes do país, quase sempre provocadas pelos choques entre os interesses regionais e a concentração do poder no Sudeste (Rio de Janeiro). A mais importante foi a guerra dos farrapos ou revolução farroupilha, movimento republicano e separatista ocorrido no Rio Grande do Sul, em 1835, e que só terminou em 1845. Além dessa, ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no Maranhão (Balaiada) e no Pará (Cabanagem).
Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves de Lima e Silva, que viria a ter o título de duque de Caxias, com a finalidade de pôr termo às revoltas provinciais. A partir daí, a política interna do império brasileiro viveu uma fase de relativa estabilidade, até 1870.
A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida a partir de 1830, no Sudeste, inicialmente nos morros como o da Tijuca e a seguir no vale do Paraíba fluminense (província do Rio de Janeiro), avançando para São Paulo (vale do Paraíba e oeste paulista). Até 1930, o ciclo do café constituiu o principal gerador da riqueza brasileira. A partir da década de 1850, graças aos empreendimentos de Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois visconde de Mauá, entre os quais se destaca a construção da primeira estrada de ferro brasileira, ocorreu um primeiro surto de industrialização no país.
A base social do império era a escravidão. Desde o período colonial, os negros escravos constituíam a principal, e quase exclusiva, mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráfico negreiro começaram por volta de 1830, por pressões da Inglaterra, então em plena revolução industrial. Finalmente, em 1888, após intensa campanha abolicionista, a chamada Lei Áurea declarava extinta a escravidão no país. Nesse período, houve uma grande imigração para o Brasil, sobretudo de alemães e italianos.
Na política externa, sobressaíram as guerras do Prata, em que o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argentina, e a da Tríplice Aliança ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Argentina e o Uruguai numa coligação contra o ditador paraguaio Solano López. A guerra do Paraguai (1864--1870), um dos episódios mais sangrentos da história americana, terminou com a vitória dos aliados.
A partir de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessivas crises (questão religiosa, questão militar, questão da abolição), que culminaram com o movimento militar, liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que depôs o imperador e proclamou a república, em 15 de novembro de 1889.
República Velha. A Primeira República, ou República Velha, estendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chefia do marechal Deodoro, foi instalado um governo provisório, que convocou uma assembléia constituinte para elaborar a primeira constituição republicana, promulgada em 1891. Os governos do marechal Deodoro, e, depois, do marechal Floriano Peixoto foram plenos de conflitos com o Legislativo e rebeliões, como as duas revoltas da Armada.
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada “política do café com leite”, segundo a qual os presidentes da República seriam escolhidos dentre os representantes dos estados mais ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- prática que foi seguida, quase sem interrupções, até 1930.
A economia agrário-exportadora continuou dominante. O café representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros paulistas constituíam a oligarquia mais poderosa. As classes médias eram pouco expressivas e começava a existir um embrião de proletariado. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914--1918), ocorreu um surto de industrialização, em função da substituição de importações européias por produtos fabricados no Brasil.
A partir da década de 1920, o descontentamento dos militares explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a marcha da coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande parte do Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também se mostravam insatisfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- iniciada com o crash da bolsa de Nova York --, com seus reflexos negativos sobre os preços do café, a desorganização da economia, as divergências político-eleitorais das oligarquias dominantes e as aspirações de mudança de amplos setores da sociedade provocaram a deflagração da revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder.

República Nova

Sob a chefia de Getúlio Vargas, foi instaurado um governo provisório que durou até 1934. Embora vitorioso sobre a revolução constitucionalista de 1932, ocorrida em São Paulo, Vargas viu-se obrigado a convocar uma assembléia constituinte, que deu ao país uma nova constituição (1934), de cunho liberal.
Em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) promoveu uma revolta militar, conhecida como intentona comunista. Aproveitando-se de uma conjuntura favorável, Vargas deu um golpe de estado, em 1937, fechando o Congresso e estabelecendo uma ditadura de cunho corporativo-fascista, denominada Estado Novo, regida por uma carta outorgada, de caráter autoritário. Vargas governou até 1945, quando foi deposto por novo golpe militar.
Durante seu governo, incentivou-se a industrialização, inclusive com a fundação da Companhia Siderúrgica Nacional, foi estabelecida uma legislação trabalhista, reorganizou-se o aparelho administrativo do Estado, com a criação de novos ministérios, e cuidou-se da previdência social, entre outros melhoramentos.
Terceira República. As eleições de 1945 apontaram o general Eurico Gaspar Dutra como o novo presidente da República. Em seu governo, o Brasil ganhou uma nova constituição, foi modernizada a estrada de rodagem entre o Rio de Janeiro e São Paulo (rodovia Presidente Dutra) e começou o aproveitamento hidrelétrico da cachoeira de Paulo Afonso.
Nesse período, firmaram-se os três grandes partidos que tiveram importância na vida política brasileira até a deflagração do movimento militar de 1964: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi posto na ilegalidade.
Em 1951, Vargas, candidato do PTB, voltou ao poder, eleito pelo voto popular. Em seu segundo governo, destacou-se a criação da Petrobrás, empresa estatal destinada a monopolizar a pesquisa, extração e refino do petróleo. Foi um período conturbado, que teve no atentado da rua Tonelero (dirigido ao jornalista Carlos Lacerda, mas em que morreu um oficial da Aeronáutica) um dos seus episódios mais importantes. Pressionado pelas classes conservadoras, e ameaçado de deposição por seus generais, Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954.
A eleição de Juscelino Kubitschek de Oliveira, candidato do PSD, inaugurou a era do desenvolvimentismo. Durante seu governo, orientado pelo Plano de Metas, construiu-se a nova capital, Brasília, inaugurada em 21 de abril de 1960; foram abertas numerosas estradas, ligando a capital às diversas regiões do país, entre as quais a Belém--Brasília; implantou-se a indústria automobilística; e foi impulsionada a construção das grandes usinas hidrelétricas de Três Marias e Furnas. A sucessão presidencial coube a Jânio Quadros, apoiado pela UDN, que, após sete meses de governo, renunciou.
A subida de João Goulart ao poder contrariou as classes conservadoras e altos chefes militares. No início de seu governo, o Brasil viveu uma curta experiência parlamentarista, solução encontrada para dar posse a Goulart. Foi um período marcado por greves e intensa agitação sindical. O presidente terminou sendo deposto pelos militares, com apoio da classe média, em 1964.
Regime militar. Os governos militares preocuparam-se sobretudo com a segurança nacional. Editaram vários atos institucionais e complementares, promovendo modificações no funcionamento do Congresso e tomando medidas de caráter econômico, financeiro e político. Os partidos políticos tradicionais foram extintos, e criadas duas novas agremiações políticas, a Aliança Renovadora Nacional (Arena) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Em 1967, promulgou-se nova constituição, que estabeleceu um poder executivo ainda mais forte. Com o crescimento da agitação estudantil e operária, foi editado o Ato Institucional nº 5, que fechou o Congresso. Em 1969, a Emenda Constitucional nº 1 deu ao país praticamente uma nova carta política.
No campo do desenvolvimento econômico, as atenções dos governantes e dos tecnocratas voltaram-se prioritariamente para o combate à inflação, que atingira níveis alarmantes; para a construção de obras de infra-estrutura, sobretudo nas áreas de transportes -- como a rodovia Transamazônica e a ponte Rio--Niterói (oficialmente, ponte Presidente Costa e Silva) --, de comunicações -- com a implantação do sistema de comunicação por satélite -- e de energia, com a construção da usina hidrelétrica de Itaipu -- por meio de um convênio com o Paraguai -- e com a assinatura de um acordo com a Alemanha para a construção de usinas nucleares.
O governo Geisel iniciou um processo de abertura democrática, lenta e gradual, desembocando na anistia política, que permitiu a volta ao país de numerosos exilados. Em seguida à anistia, veio o fim do bipartidarismo, e foram criados vários partidos políticos. No final da década de 1970, o movimento popular e sindical tomou um novo alento, o que levaria, nos primeiros anos da década seguinte, ao movimento das “diretas já”, que, embora não fosse vitorioso, permitiu em 1985 a eleição indireta pelo Congresso de Tancredo Neves, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), para a presidência da República. Com a morte de Tancredo Neves, na véspera da posse, assumiu seu vice-presidente, José Sarney.

 

Nova República

O governo Sarney teve como fato econômico mais importante a implantação do Plano Cruzado, com vistas a combater a inflação pelo congelamento de preços e da troca da moeda. O fato político marcante do período foi a eleição de uma assembléia nacional constituinte, que em 1988 deu ao Brasil uma nova constituição. O fracasso do plano econômico e a corrupção generalizada contribuíram para polarizar as preferências eleitorais em 1989 em torno das candidaturas de Fernando Collor de Mello, apoiado por poderosas forças políticas, e Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.
A vitória de Fernando Collor provocou uma euforia momentânea, logo dissipada pelo fracasso dos sucessivos planos econômicos e pelas denúncias de corrupção que atingiam figuras próximas ao presidente. Depois de intensa movimentação popular, Collor foi afastado do governo, em 1992, pelo processo de impeachment, conduzido pelo Congresso Nacional.

 

Quadro atual

O Presidente Itamar Franco, sucessor de Fernando Collor, contou com vasto apoio parlamentar e popular. Seus objetivos principais eram combater a inflação, retomar o crescimento econômico e diminuir a pobreza do povo brasileiro. O sucesso das medidas econômicas permitiu a eleição do criador do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso, que conquistou a Presidência da República, e foi presidente por dois mandatos, de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002.
Em 27 de outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva é eleito Presidente da República Federativa do Brasil com quase 53 milhões de votos, e, em 29 de outubro de 2006 é reeleito com mais de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos).
No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na história do país por uma mulher. Dilma Roussef obteve 55.752.529 votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos. Em seu pronunciamento oficial após vencer as eleições disse: “Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem.”

Aspectos culturais e turísticos

A arquitetura colonial brasileira apresenta exemplos de riqueza e originalidade, graças ao impulso inicial dado pelos jesuítas, que foram responsáveis pela construção de numerosas igrejas e produziram obras de arte que constituem boa parte da riqueza arquitetônica e artística do país.
Algumas cidades e lugares históricos ou de interesse ambiental foram declarados pela UNESCO patrimônio cultural da humanidade: o centro histórico de Salvador, compreendendo o Terreiro de Jesus (Pelourinho), na Bahia; Olinda, em Pernambuco; Ouro Preto, em Minas Gerais; Brasília, a capital federal; as ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul; o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais; e os parques nacionais da Serra da Capivara, no Piauí, e de Iguaçu, no Paraná. Entre as cidades históricas, também merecem destaque Parati, no Rio de Janeiro, célebre pelo seu casario, e Aparecida, em São Paulo, considerada cidade-santuário do Brasil.
Na antiga zona aurífera de Minas Gerais encontram-se os melhores exemplos da arte barroca, tanto na decoração do interior dos templos religiosos, como nas esculturas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Ouro Preto, Tiradentes, Congonhas e São João Del Rei são típicas cidades coloniais mineiras. Modernamente, o maior exemplo da arquitetura brasileira é Brasília, obra de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

 

Instituições

O impulso cultural inicial foi dado com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Datam dessa época a atual Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o mais importante da América do Sul para o estudo das ciências naturais e antropológicas, e o Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. 

Jardim Botânico - RJ

Ainda nessa cidade, podem ser encontrados o Museu Histórico Nacional, típico do estilo barroco-rococó, o Palácio Gustavo Capanema, cujo traço se deve ao arquiteto francês Le Corbusier, o Museu Nacional de Belas-Artes, o Museu de Arte Moderna, exemplo da arquitetura contemporânea, e o Teatro Municipal. O Museu Imperial, em Petrópolis RJ, contém rico material sobre o período monárquico.

Museu Histórico Nacional RJ


Teatro Municipal RJ

Museu Imperial RJ

Em São Paulo, destacam-se o Museu de Arte Moderna (MAM) e o Museu de Arte (MASP), que guardam importante acervo de pintores nacionais e estrangeiros. Em Minas Gerais encontra-se o Museu da Inconfidência, com obras de arte sacra e do Aleijadinho. O Museu Emílio Goeldi, em Belém PA, é um centro de pesquisas sobre etnologia. Em Manaus, sobressai o Teatro Amazonas, cuja construção data do ciclo da borracha, em fins do século 19.

Museu de Arte Moderna (MAM) São Paulo


Museu da Inconfidência – Minas Gerais


Museu Emílio Goeldi, em Belém PA


Teatro Amazonas em Manaus

Entre as maiores universidades brasileiras, situam-se a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de Brasília (UnB).


Entrada da UNICAMP

Atrações e eventos

A maior festa brasileira é o carnaval, que ocorre geralmente em fevereiro, com duração de três ou quatro dias, sendo famosas e conhecidas internacionalmente as comemorações no Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda. Outro evento importante são as festas de Ano-Novo, celebradas nas praias do Rio de Janeiro e de Salvador.




Carnaval do RJ


Carnaval de Salvador (Bahia)


Carnaval de Olinda




Ano Novo RJ


Ano Novo Salvador
  
Gramado RS é sede de um Festival de Cinema, assim como Brasília.

Entrada da Cidade de Gramado – Festival de Cinema

A festa do Círio de Nazaré, manifestação leiga e religiosa, é comemorada todos os anos em Belém PA.

Os festejos populares de origem portuguesa têm sido recuperados, como o bumba-meu-boi, no Maranhão, ou de raízes luso-africanas, como o reisado, no Nordeste e em Parati RJ.


Festa do Bumba-meu-boi no Maranhão.


Reisado, no Nordeste

A festa do Divino Espírito Santo reúne uma série de manifestações culturais populares, em Pirenópolis GO.


Festa do Divino Espírito Santo em Pirenópolis GO é uma festa móvel que acontece 50 dias após a Páscoa, durante as comemorações de Pentecostes. Geralmente a data cai no mês de maio ou junho.


Apresentação das Bandeiras


Cavalgada em louvor ao Divino Espírito Santo na cidade de Pirenópolis estado de Goiás Brasil.